Ainda em alerta! Saiba quando o nível dos rios no Rio Grande do Sul vai normalizar

O aumento significativo do volume de água é resultado das intensas chuvas concentradas da semana anterior, que superaram o volume esperado para todo o outono em apenas quatro dias

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Nível dos rios no Rio Grande do Sul só vai normalizar no final de maio | Reprodução
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A situação crítica persiste em Porto Alegre e nos municípios da região metropolitana, com a previsão de que as águas do Guaíba não recuem abaixo da cota de inundação pelos próximos 10 dias, mantendo as cidades ainda alagadas. O rio, com 5,26 metros de altura no dia anterior, registrou uma redução mínima de 7 cm desde sábado e permanece 2,26 metros acima da cota de inundação.

NÍVEL DOS RIOS - A rápida elevação do nível da água contrasta com sua lenta dissipação, devido não apenas ao volume considerável, mas também à estreita passagem em que o Guaíba desemboca na Lagoa dos Patos, com aproximadamente dois quilômetros de extensão. A Lagoa dos Patos, por sua vez, tem um escoamento comprometido por ventos e uma saída estreita em direção ao oceano.

Municípios próximos à Lagoa dos Patos, como Pelotas e Rio Grande, estão em alerta máximo, pois a inundação causada pela cheia do Rio Guaíba já se iniciou. Estima-se que a duração da inundação nestes locais seja de aproximadamente 20 dias, de acordo com informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Serviço Geológico Brasileiro (SGB).

O aumento significativo do volume de água é resultado das intensas chuvas concentradas da semana anterior, que superaram o volume esperado para todo o outono em apenas quatro dias. As bacias dos Rios Taquari, Jacuí e Caí, particularmente atingidas pelas chuvas em 30 de outubro e 3 de maio, contribuíram para o aumento da vazão média do Guaíba de dois mil metros cúbicos por segundo para cerca de 25 mil metros cúbicos por segundo, conforme estimado por Artur Matos, coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB.

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HIDROELÉTRICAS - O cenário de pressão nas hidroelétricas é histórico, com a vazão na Usina Hidroelétrica Dona Francisca, no Rio Jacuí, atingindo níveis excepcionais em 30 de abril, chegando a 12.812 metros cúbicos por segundo, enquanto a média para maio é de 316 metros cúbicos por segundo. A ausência de dados precisos em algumas hidroelétricas, devido a danos nos equipamentos de medição causados pelas chuvas intensas, dificulta a avaliação precisa da situação.

Usina de fornecimento de energia (Foto: Reprodução)

A estabilização do nível do rio em 5,26 metros, embora indique uma redução, é considerada lenta e dependente da ausência de chuvas intensas. Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações do Cemaden, ressalta que a situação melhora nas cabeceiras dos rios, mas a incerteza persiste devido à previsão de chuvas contínuas e à vulnerabilidade das áreas já inundadas.]

A preocupação se estende aos municípios próximos à Lagoa dos Patos, onde toda a água proveniente do Guaíba está convergindo, aumentando o risco de inundação. Enquanto isso, a situação no Rio Uruguai também é monitorada, com previsão de transbordamento nos próximos dias em cidades como Itaqui e Uruguaiana, embora em menor proporção se comparada à situação do Guaíba.

Apesar dos desafios, há uma redução no risco de deslizamentos de terra no estado, trazendo um ponto positivo em meio à adversidade.



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